terça-feira, 12 de novembro de 2013

Fundamentalismo religioso e ateu!!

Coreia do Norte executou 80 pessoas por verem filmes ou lerem a Bíblia, diz imprensa sul-coreana

Dezenas de milhares de pessoas, incluindo crianças, terão sido obrigadas a assistir às execuções realizadas numa acção concertada em sete cidades do país.
Kim Jong Un com membros da sua guarda militar numa fotografia sem data disponibilizada em Outubro pela Agência Central de Notícias da Coreia do Norte Reuters
A notícia da execução pública de 80 pessoas na Coreia do Norte neste mês foi dada por uma única fonte, anónima, a vários jornais da Coreia do Sul, mas rapidamente se espalhou na imprensa internacional.
Segundo jornais de Seoul, como o JoongAng Ilbo, um dos maiores e mais influentes do país, as 80 pessoas, algumas consideradas culpadas de actos delituosos para o regime de Pyongyang, como ver vídeos de entretenimento sul-coreanos ou estar em posse de uma Bíblia, foram executadas em público em sete cidades, perante o olhar de milhares de pessoas onde se incluíam crianças, forçadas a assistir. Numa das cidades, as autoridades juntaram dez mil pessoas para assistir. Algumas das vítimas tinham sido acusadas de disseminar pornografia.
A confirmarem-se, estas execuções, realizadas numa acção coordenada no mesmo dia, terão constituído o acto mais brutal do regime desde que Kim Jong Un chegou ao poder depois da morte do pai Kim Jong Il, em 2011.
Familiares e amigos das vítimas terão depois sido enviados para centros de detenção, para impedir que a informação das mortes fosse divulgada. “Relatos de execuções públicas teriam certamente um efeito muito negativo nas pessoas”, disse ao jornal inglês Daily Telegraph Daniel Pinkston, analista do instituto de investigação International Crisis Group em Seoul.
A notícia nos jornais sul-coreanos tem uma única fonte e esta coincide com os rumores de mortes em sete cidades na informação dada por uma agência de notícias de dissidentes da Coreia do Norte.
Testemunhos publicados na imprensa descrevem um caso, no Estádio de Shinpoong, na província de Kanwon, em que oito pessoas foram alinhadas com fardos colocados por cima da cabeça enquanto soldados disparavam de forma ininterrupta. “Ouvi relatos de residentes que dizem ter visto os cadáveres [dos executados] de tal maneira perfurados pelas balas que depois foi impossível identificá-los”, disse a fonte citada também em jornais como o Los Angeles Times ou o Daily Telegraph.
As execuções terão ocorrido em cidades onde o líder norte-coreano estará a tentar intimidar trabalhadores que desafiam as regras do regime, considera o LA Times. O Daily Telegraph refere a tentativa do regime em esmagar qualquer suspeita de descontentamento popular e cita um relatório do think tank Rand Corporation em como Kim Jong Un terá sobrevivido a uma tentativa de assassínio em 2012, o que, desde então, motivou um reforço substancial da sua guarda.
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Irã: cristãos recebem 80 chibatadas porque tomaram vinho consagrado durante a missa

Apelo judicial foi rejeitado. Diretor da Christian Solidarity World Wide comenta: Eles foram castigados porque participaram de um sacramento cristão

Roma, (Zenit.org) Redacao | 227 visitas

Foi aplicada no dia 30 de outubro a bizarra sentença de 80 chicotadas contra dois cristãos condenados por “consumo de álcool” no Irã: eles tinham comungado bebendo o vinho eucarístico durante uma liturgia cristã. Segundo informações da Agência Fides, os cristãos Behzad Taalipasand e Mehdi Dadkhah receberam 80 açoites aplicados com violência brutal.
Fontes locais informam que outro condenado, Mehdi Reza Omidi, também foi açoitado neste dia 2 de novembro. Ainda não se sabe quando será castigado um quarto réu, Amir Hatemi.
As acusações são de “consumo de álcool” e “posse de um receptor e de uma antena parabólica”. De acordo com a ONG Christian Solidarity Worldwide (CSW), os quatro condenados tinham dez dias para apresentar uma apelação depois da sentença decretada em 20 de outubro, mas a condenação foi executada com extrema rapidez. Não ficou claro se as apelações foram rejeitadas ou se nem sequer foram levadas em conta.
Mervyn Thomas, diretor da Christian Solidarity Worldwide, declara em nota enviada à Agência Fides: “Estes homens foram castigados simplesmente porque participaram de um sacramento praticado durante séculos por cristãos de todo o mundo. É uma violação terrível e injusta do direito a manifestar a própria fé com práticas de culto e dentro dos rituais. O Irã se obrigou, quando aderiu ao Pacto Internacional de Direitos Civis e Políticos, a apoiar a liberdade de religião e de credo de todas as comunidades religiosas. Além disso, essa pena viola o artigo 5º da convenção, que proíbe os castigos desumanos ou degradantes. Instamos o governo iraniano a agir em conformidade com os seus compromissos internacionais”.
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Menina de 14 anos morre em Bangladesh ao receber 80 chibatadas

Jovem punida por tribunal religioso por 'atos imorais' teria sido estuprada pelo primo, segundo mídia bengali.

Da BBC

Moradores protestaram contra sentença aplicada à jovem (Foto: Arquivo pessoal/BBC) 
Hena Begum (Foto: Arquivo pessoal/BBC)
Uma adolescente de 14 anos morreu após ter recebido 80 chibatadas em Bangladesh, como punição por ter tido um relacionamento com um primo que era casado.
A sentença tinha sido decretada por um tribunal religioso na cidade em que a jovem vivia, Shariatpur, no sudoeste do país, a 56 quilômetros da capital, Daca.
Hena Begum foi acusada de ter mantido uma relação sexual com seu primo de 40 anos de idade, que era casado. Ele também foi condenado a receber cem chibatadas, mas conseguiu fugir.
A adolescente desmaiou enquanto recebia as chibatadas e chegou a ser levada para um hospital local, mas não resistiu aos ferimentos, morrendo seis dias após ter sido internada.
O caso teve grande repercussão no país e provocou protestos de moradores de Shariatpur. Há relatos na mídia de Bangladesh de que Hena, na verdade, foi raptada e estuprada pelo primo.
O imã (clérigo muçulmano) Mofiz Uddin, responsável pela fatwah (sentença) contra Hena, e outras três pessoas foram presas. O caso está sendo investigado.
'Atos imorais'
Atraídos por gritos de socorro de Hena, moradores locais chegaram a acudir a adolescente. Mofiz Uddine também se dirigiu ao local, juntamente com professores da madrassa (escola de ensinamentos islâmicos) da região.
Os jornais bengalis informaram que em vez de tomar uma ação contra o autor do suposto estupro, os religiosos trancaram a jovem dentro de um quarto. No dia seguinte, o mesmo imã e representantes do Comitê da Sharia, o código de leis muçulmanas, acusaram Hena de ter cometido atos de ''sexualidade imoral'' fora do casamento.
Os religiosos disseram à polícia que Hena teria sido pega em flagrante quando mantinha relações sexuais com um morador do vilarejo.
Pessoas da família do primo casado também teriam espancado a adolescente, um dia antes da fatwa ter sido decretada.
Autoridades do vilarejo também exigiram que o pai da jovem pagasse uma multa equivalente a R$ 419.
Na quarta-feira, um grupo de moradores de Shariatpur foi às ruas em protesto contra a fatwa e contra os autores da sentença.
''Que tipo de justiça é essa? Minha filha foi espancada em nome da justiça. Se tivesse sido em um tribunal de verdade, minha filha jamais teria morrido'', afirmou Dorbesh Khan, o pai da adolescente.
Punições realizadas em nome da sharia (legislação sagrada islâmica) e decretos religiosos foram proibidos em Bangladesh, país secular, mas de maioria muçulmana, desde o ano passado.
Comitês que obedecem princípios religiosos vêm se tornando influentes em diferentes países com população de maioria islâmica, mesmo sendo ilegais em muitos deses países.
A sentença contra Hena Begum foi a segunda morte provocada por uma sentença ligada à sharia desde que a prática foi proibida pela Corte Suprema de Bangladesh.
Cerca de 90% dos 160 milhões de habitantes de Bangladesh são muçulmanos, dos quais a maior parte segue uma versão moderada do Islã.
Fonte G1
 

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